15.9.15

UM POUCO DA HISTORIA DOS MARIOCAY EM GURUPÁ, UMA OPINIÃO PESSOAL

O que teria acontecido com os índios que habitavam próximo ao rochedo do forte Mariocay? Dizimados, escravizados, o certo que a coroa portuguesa se apoderou das terras gurupaense, num holocausto escondido nas inúmeras batalhas entre portugueses e holandeses. A verdadeira vitima da invasão estrangeira e dos colonizadores portugueses, foram os índios; Que ocupavam pacificamente essas terras. À medida que o forte foi construído aquela sociedade nativa ia se consumindo em guerras e derramamento de sangue no canal de Gurupá, sobretudo no trabalho escravo até a extinção da etnia indígena de Gurupá. Com a colonização portuguesa atraindo comerciantes que transferiam para Portugal em navios de pequeno porte até Belém, as produções agrícolas, hoje os índios que eram chamados Mariocay pelos holandeses não existem, nem sabemos onde era sua aldeia central, o certo que temos uma praça que homenageia esses índios que provavelmente eram da nação tupinambá e a Escola Municipal Mariocay conta em sua história 43 anos de vida construindo saberes e teve sua origem no ano de 1968, ainda no Governo Municipal de José Vicente de Paula Barreto Mello, quando se deu a construção do prédio que deu origem a atual Escola Municipal Mariocay, prédio este que no começo contava com apenas duas salas de aula e dois compartimentos menores entre as mesmas. De 1973 a 1982, no prédio em questão funcionarão em épocas distintas os seguintes órgãos: BIBLIOTECA MUNICIPAL, COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO E O ORGÃO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, período em que Gurupá foi governado pelos prefeitos: JUVENAL DO VALE TAVARES E JOSÉ VICENTE DE PAULA BARRETO MELLO. Em 1983, aconteceu a primeira ampliação e o prédio passou a contar com cinco salas de aula. Em 1986, começou a funcionar no prédio da escola a Pré-Escola “PINGUINHO DE GENTE.” Em 1987, a Pré-Escola teve como sua primeira coordenadora a senhora LUIZA LOBATO BENATHAR. No ano de 1993, continuava funcionando a Pré-Escola em regime municipal e aderiu ao ensino de 1º Grau (1ª a 4ª série), em regime de convenio com o Estado (SEDUC), chamado então de INSTITUTO EDUCACIONAL MARIOCAY, Em 1997, a Pré-Escola foi transferida para outro local, permanecendo somente funcionando o ensino fundamental de 1ª a 4ª série. No ano de 2004, a escola desvinculou-se do Estado, passando a atuar somente no regime municipal, com o ensino fundamental de 1ª a 5ª série. Jorge Hurley em 1936 no livro “ noções de historia do Brasil ” descreve que a Palavra mariocay vem do Tupi: umary= frutos da mata, Cai= verbo queimar e Umary= queimado. E a palavra que deu origem ao nome Gurupá, basea-se que os portugueses chamavam de “Corupá”, porque os indios afirmavam que ali era um porto de canoa ou seja origem era Iguaru pába= porto e seria chamado pelos indios de igararupá ou seja um porto de muitas canoas. Com a nossa lingua entre portugueses e alguns indios, concerteza mestiços o tempo foi e acabocado para Gurupá, informações precisas de Francisco Adolpho Varnhagem no seu livro historia do Brasil do ano de 1962. Os holandeses chamavam de Mariocay o grupo de índios que viviam no local onde atualmente é a cidade de Gurupá, alguns historiadores acreditam que os holandeses fizeram amizade com os índios e até comercializavam produtos, podemos descrever que o cotidiano dessa época onde os índios produziam as atuais roças, pesca de tartaruga e seus derivados como o óleo, caça de animais silvestre com a comercialização da pele de onça, em troca os holandeses davam espelhos, roupas e utensílios para agricultura, certamente trouxeram escravos angolanos e ajudavam no trabalho pesado. Acredito que deveria ter um trabalho arqueológico de campo, ainda temos muitas informações guardadas neste solo. Meu avó Santino Torres, quando era Vice-Prefeito de Gurupá em 1972, ao escavarem a atual praça D. Clemente, em frente da igreja matriz, contava que tinha uma cova onde havia esqueleto e a vestimenta de um oficial, com medalhas e traços de um uniforme imperial de cor azul. Lendo alguns livros cheguei a imaginar será que era o corpo dos oficiais mortos nos combates, sabe-se que os holandeses defenderam o forte no ataque dos portugueses sobre o comando de Luis Aranha Vasconcellos, os holandeses que sobreviveram fugiram para ilha grande de Gurupá. Houve outra batalha após um navio holandês, comandado por um capitão inglês chegando a frente a cidade de Gurupá, os portugueses atacaram e afundaram o navio, matando todos. Os índios leais aos holandeses foram mortos, alguns sobreviveram e se tornaram escravos, Bento Maciel Parente ficou em Gurupá, onde após destruir o forte dos holandeses, construí sobre taipa um forte invocando a proteção de santo Antônio em 1623. Deixou Gurupá com um contingente de 50 soldados, e alguns índios escravizados, em 1624 deixou sobre o comando de Cap. Jeronimo de Albuquerque, o forte ficou sendo monitorado pelos holandeses que fugiram para ilha de Gurupá, alguns índios que eram denominados de Mariocay leais a eles, reagruparam e atacaram o forte sob o comando de Pieter Jansz. Que após uma batalha feroz, eliminaram a presença portuguesa do local, holandeses enviaram mais colonos para área e escravos angolanos para trabalhos braçais, os índios viviam entre eles em sua aldeia, acredita-se em um novo forte na foz do rio amazonas perto do rio Maxipana, ao qual era denominado MANDIUTUBA, viviam ali 22 famílias de irlandeses e se aliaram ao Capitão Nicolas Hosdam e o Capitão Philip Purcell, acredita-se que as fontes históricas afirmam que havia cerca de 200 homens para lutar.

Um comentário:

  1. Parabéns pela matéria. Aprendi um pouco mais sobre a história da cidade onde nasci.

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